instituto projetos ambientais, em revista

Os projetos ambientais de macro-escala - segunda parte da antítese: a proposta do novo código ambiental brasileiro e a adaptação agropecuária


Os projetos ambientais seja em escalas abrangentes como em espectros localizados possuem linguagens, comportamento e pontos de trabalho imaterial - técnico, consubstanciado, defendendo parâmetros de ciência, e mesmo pelos saberes locais, culturais e próprios da inteligência do homem ligado à terra e à água. O homem que se fortalece nas matas é em si um mentor também de projetos ambientais, mas neste momento de crise, possivelmente já se atropelou este homem natural em si, exigindo conjunturas maiores, para a solução dos efeitos de séries de acontecimentos catástróficos. Se faz proativo pensar em linguagens mais sensíveis ao comportamento humano - mostrando significar que a diferença humana está acima do pescoço tornando-o, este homem moderno, uma espécie superior de animal. Neste complemento à postagem anterior em que se inicia uma interlocução ao paradigma da Psicologia Ambiental, mostra-se novos elementos do cenário político dos projetos:  tentativa de mudar literalmente o Código Florestal Brasileiro, com adendos, a um novo denominado Código Ambiental Brasileiro. Assim vamos tratar de discussões atuais no Brasil indo à síncope de adiar as decisões climáticas e a responsabilidade da agropecuária.

(Sem títulos, em texto corrido, apenas com destaques e espaçamentos para as alterações dos assuntos previstos nesse preâmbulo)

Notadamente, qualquer um de nós profissionais, técnicos, professores, engenheiros, órgão ambiental, ente público, vamos nos expor ao envolvimento ou propostas de projetos ambientais que devem ser planejados e pensados para se desenvolverem em um cenário tal, que é nosso país e nossa região e localidade. Isto pois à tentativa de nestas duas postagens remeter a este cenário, onde nos incluimos repetidadamente - como profissionais e como cidadãos. Em qualquer um dos casos não nos exime de responsabilidades. A linguagem e a comunicação é tão importante quanto um projeto em si, e a forma mais real de não sermos lesados é entender o discurso e sua retórica - em muitos casos como antítese ambiental.

"Ligo a televisão e surge o Ministro do Meio Ambiente falando de um novo Código Ambiental. Já tinha ouvido dizer, mas me recusava a acreditar. Aqui mesmo em Minas Gerais houve uma audiência pública para discutir o tema. Com convites da Prefeitura Local. O debate na televisão dizia respeito a uma comissão criada pelo deputado tal. O Ministro dizia e defendeu neste debate coisas como, que esse debate em torno de um novo Código Ambiental se refere a um processo de desburocratização ambiental. Pensei aumentando o som da tv, onde ele deseja chegar. Vamos ver. Fala sobre a legalização da supressão de vegetação de encostas e do Programa Mais Ambiente - de apoio tecnológico, educação ambiental para agricultores viabilizar suas produções e ter alternativas de crédito. Continuo pensado onde quer desembocar o sr. Ministro, com  sua linguagem rápida e indo e vindo em fôlegos para convencer a bancada. O assunto do político continua: é preciso compensar a Reserva Legal mesmo que fora da propriedade. Fala sobre sistemas de cotas de Reserva Legal. Comprar de quem preservou. Usa exemplo "vamos alimentar os coelhos só com cenoura?" indo à possibilidade de compensar a Reserva Legal no Bioma: ampliar para fora do Estado (afirmando que isto não é relevante para a questão ambiental). O Ministro continua, mediado por pergunta ou outra: (a questão que já esperava me assusta) - Podemos pensar em incorporar a Área de Preservação Permanente (APP) com a Reserva Legal (RL) - o quer quer dizer, vamos ser mais claros, para cômputo da RL se pode somar a APP. Forma de atender a todos não só a agricultura familiar mas a toda a agricultura. O Ministro vai além - não há como não destituir a agricultura consolidada em área de APP. A proposta é de 30 anos para regularizar a RL a partir de 2001 - o executivo pensa em dar um prazo maior, precisamos estender o prazo - nesse momento o Ministro se envaidece e emenda "Agricultura e Meio Ambiente não podem ser inimigos" e que a "Legislação Ambiental tem como função preservar o meio ambiente e servir as pessoas". Um deputado em uma questão favorece o Ministro dizendo ter andando por Mato Grosso e Pará em audiências públicas e que um depoimento da cidade de Querência - MT, aproximadamente 1290 famílias estão impossibilitados de produzir em assentamentos por delitos ambientais em Unidade de Conservação (UC), e que esses novos progresso podem levar essas famílias a trocar suas terras por um barraco nas capitais avolumando as favelas. Então sr. Ministro na ilegalidade ambiental essas famílias vendem terras e alteram o 'fluxo demográfico' e a questão fundiária, descaracterizando a função social da terra. O deputado não pergunta, discursa, ainda dizendo "sr. Ministro pensar numa Lei (a proposta do novo Código Ambiental) que contemple isso e ao mesmo tempo, não usar essa designação pequeno, médio e grande produtor; a Lei não pode proteger o pequeno e não o grande. Entre estas citações aconteceu esta reunião em 24 de novembro de 2009 - exibida em televisão aberta - sobre a Comissão Especial para debater a alteração da legislação ambiental." O Ministro termina falando da questão técnica, e da sua importância. Questiona se será que podemos usar a Universidade Pública e Privada para compreender o Bioma? Emenda: devemos aportar o conhecimento técnico e não usar a largura do rio (como prevê o Código Florestal de 1965). Ou seja, o ministro se escora então neste momento no técnico para determinar a largura da faixa de APP e não a largura do rio como prevê a atual Lei Florestal."

Vamos discutir a falácia do Ministro antes do próximo tema? (a agropecuária)

Pensando em projetos de macro-escala como alterar uma Lei tão consolidada como a Política Florestal e em primeiro lugar, analisar esse discurso todo, político, estabelecido não em hipóteses mas em antíteses. As antíteses ambientais estão florecendo. É preciso não se deixar enganar pelo discurso, ou então assumir que ele não é melhor (a proposta de um novo código mas que queremos - mas não devemos) e alinhar as implicâncias nos nosso projetos profissionais e no déficit em favor do meio ambiente. Alguns pontos:

- Se o sr. Ministo quer usar as Universidades para uma política de Bioma agora (e não antes) - porque não a estabelece em uso antes de se alterar a Lei Florestal - mais técnico e mesmo mais lógico do ponto de vista operacional;

- Porque não se configura na Lei Ambiental, mecanismos para as ações vista aos passivos ambientais acumulados em anos, décadas, ao invés de postegar ainda mais o prazo estabelecido em 2001 - criando grupos de profissionais, engenheiros, biólogos para as diferentes regiões do Brasil e seus biomas, gerando oportunidades novas para os engenheiros ambientais (que irão sempre estar atuando em socorros? em emergências? em passivos?). Operacionalizando a gestão ambiental pela recomposição de inúmeras áreas de APPs destituidas mesmo com a Lei de 1965 - que ainda não conseguimos cumprir. Devemos mudar a Lei porque não temos capacidade política para cumpri-la? O que gerou esse imenso passivo ambiental - que agora se quer legitimar?

- A ilegalidade citada por um deputado na discussão - quer irá alterar o fluxo demográfico e fundiário - agora é culpa da ilegalidade ambiental? No discurso torna o meio ambiente um vilão em oportuno comentário do Ministro que diz que a Agricultura quer ser amiga do meio ambiente. Personificando personagens para uma situação complexa, sistêmica, da ecologia profunda - denotando mesmo a descaracterização do conhecimento teórico e prático de base ( a citar Odum). Não de duas pessoas - Meio Ambiente e Agricultura como conflitantes. Conflitante é o modelo predatório de ocupação de áreas e formas pouco ortodoxas de levarem pequenos a venderem suas terras para os maiores. Ou mesmo as justificativas para tudo em favor de desapropriar áreas ambientais para atividades humanas, em moda para a energia. Por que o governo não orienta a reconstituição de áreas ambientais, porque não valida esse modelo de capital tanto quanto para quem produz soja, milho, frutas, algodão. Incentivando a criação de agricultura florestal.

- Os conflitos ambientais na Região Norte são muito mais pelo poder e seu coronelismo sobre os povos da floresta que de outra natureza. A abertura da Floresta Amazônica para áreas de pastagens e venda ilegal de madeira é um fato contra o qual nenhum político consegue fazer valer qualquer lei.

- Incorporar APP em Reserva Legal - francamente ....... usando as palavras de Rolnik quando deixa o Ministério de Cidades - dizendo que é esquisofrênica a política de habitação. Qual o adjetivo para a proposta de desvastar ainda mais as APPs? E os projetos de produção de água? E o uso da tecnologia para aumentar produção em menores áreas? Destitui-se não só a ciência ambiental mas a própria tecnologia em favor da retórica do discurso. Em pleno COP-15, em meio a desfavorecimentos climáticos irregulares, em meio ao caos da morte por enchentes ainda não explicadas, em meio ao colapso da natureza contra a guerra humana, plena de inteligência, por instituir a indústria da destruição dos seus recursos, em pleno século XXI instalado ao debate do "Desenvolvimento Sustentável" e seu significado para as gerações futuras, em pleno curso da humanização das empresas e da vida para a vida, em pleno saculejar das placas tectônicas, em distinto momento de completa tristeza pela legalidade das ocupações ilegais em áreas urbanas e suas vítimas numerosas, em pleno divisor de águas para a caminhada para a auto-destruição e a discutida oportunidade de já não termos passado uma linha divisória, essa proposta de "novo Código Ambiental" não poderia ser mais infeliz.

Sem contar que as Universidades Brasileiras já desenvolveram inúmeros estudos ambientais para distintas regiões do Brasil, especialmente diagnósticos e a grande maioria nunca foi usada pelo governo para implementação de ações ambientais - projetos executivos.

(pausa) ---------------------------------------------------------------------- um pouco de ciência

" Ligo a televisão no dia 09 de Março de 2010 e um importante Climatologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, está respondendo questões ambientais e sobre projetos futuros para a agropecuária brasileira. Entre os debatedores estão importantes jornalistas na área ambiental. Nas primeiras frases se ouve que a Agricultura no Brasil terá que levar em conta que haverá aumentos nas ondas de calor (o que as plantações não gostam - calor). Os cientistas de 11 instituições diz Novaes, W. ao entrevistado, preveem que em pouco mais de um década os prejuízos na agricultura serão grandes em função do clima. O cientista Carlos Nobre (INPE) responde que sabe do estudo científico dessas instituições de respeito e que a informação científica tem um alto risco de estar certa e baixo risco de estar errada. Um parêntese: é assim que se deve tratar o conhecimento científico, experimentado, acumulado em estudos transferidos na história da ciência. Os políticos têm tratado os cientistas com o mesmo preconceito que se trata o analfabetimo - como se não soubesse de nada, e investido pouco em tecnologia - os projetos brasileiros tem que buscar aporte em instituições internacionais - que publicam os resultados relegando a segundo plano os pesquisadores locais. Continuando a entrevista: as soluções ainda não são aplicadas no campo - porque a agricultura precisa primeiro acreditar nessa nova realidade. Se não houver adaptação, baseada na melhor ciência, a agricultura brasileira perderá muito. O jornalista Novaes interfere Nobre completando sobre as emissões tidas como meta em Copenhague pelo Brasil - mostra dados: a meta proposta pelo Brasil até 2020 ainda fica na emissão per capita em valor de 10 ton/hab.ano, que ainda é muito alta - já que o Brasil está entre os mais poluidores do mundo. Não é um desprezo pelo Clima argui Novaes ao cientista do INPE? Nobre corrige os dados mas que não diminuem quase nada a taxa de emissão em 2020 algo em torno de 2 bilhões e 200 mi de toneladas por ano.  Dizendo que o ideal seria 2 ton/hab.ano e que não é fácil atingi-la. Diz ainda que o Brasil se comprometeu com dimuição de emissões com algo em torno de 25% a 39% na última reunião do clima, mas que não existem estudos detalhados de como fazer essa redução. (Ou seja ainda se continua no discurso). Continua: - Atingir a meta de dimunição nas emissões é resultado de vários setores, mas o principal é conter o desmatamento. Existe sim uma distância entre Política e Ciência Climática. O Brasil tem dados mas adaptação não. Serão refletidos em prejuízos que agricultura vai ter se continuar no modelo atual. A Agricultura (pecuária) dá um tiro no próprio pé quando do desmatamento da Amazônia (gado, soja). Entre 38 e 50% das emissões em determinado ano tem origem na atividade agropecuária para o caso brasileiro, diz o cientista no Programa Roda Viva (Tv Cultura). Em outros países as emissões vem principalmente da queima de combustíveis fósseis - no Brasil vem da especialmente da produção de carne e leite. O que se propõe é que a pecuária entenda que não é necessário abrir novas áreas para aumentar a produção - incorporando a aplicação tecnológica para aumentar a produção em menor área. 60 a 70% das novas áreas abertas na Amazônia são para a pecuária. Os pecuaristas não aceitam a rastreabilidade e o governo mantém as grandes máquinas e frigoríficos pelo BNDS. A média de ocupação chega a uma cabeça de gado por hectare - é baixo, sendo o Brasil o maior exportador de carne do mundo - vende para Rússia, Europa, outros. Os países não perguntam sobre a origem da carne? questiona um debatedor. O cientista responde que começam a perguntar - sendo a pecuária brasileira deve se preparar para isso - para uma resolver uma ilegalidade desiquilibrada. Além dos 100 mi ton metano emitidas pelo processo digestivo do gado. Falou-se inclusive em confinamento com aproveitamento de gases. A um futuro longe para o Brasil - discutindo ainda, vacinas, aditivos químicos , forrageiras vistas a diminuir as emissões de gases contra o aquecimento global. Falou-se ainda da nova Usina nuclear ao nível do mar - mas deixaremos para uma postagem sobre energia. "Finalizando o cientista do INPE disse que o nível do mar subiu, as enchentes aumentaram e que os alimentos estão ficando mais caros - e ele mesmo questiona: - Vai ter espaço na agenda política?" 

Esse segundo ponto da postagem - ciência -  o Blog Projetos Ambientais não estenderá comentários.

Apenas vamos concluir esse postagem - complementar a anterior que intitula-se "Sinapses - psicologia antítese do poder da cultura política". E sobre os pontos terminantes que abriram novas reflexões.

Usando-se da sociologia, voltamos à psicologia ambiental, apreendendo alguns pontos das relações humanas com a natureza das coisas e com os recursos naturais:

"Toda a cultura elocubrada na história ----------------- não há um projeto interno de feminilidade - a mulher assume no seu entorno, no que vai a volta da menina - isso ela absorve e filtra na medida que se experimenta na natureza das coisas - da mulher que se recria, possivelmente sendo esgotada a exaustão masculina na relação com os recursos naturais."

"Especialmente a embrionária dos sistemas ocidentais de consumo"

"A exclusão do índio do processo, da cadeia ecossistêmica e a pouca assimilação dessa cultura pelo homem branco"

"Os 70% dos 1.300 milhões de pessoas que vivem em absoluta pobreza são mulheres. Portanto como maioria em um mundo pobre, as mulheres assumem papel decisivo no processo de gestão e preservação da biodiversidade, água, a terra e outros recursos naturais. Um importância em muitas vezes ignorada (Garcìa, 2006)."

"O Desenvolvimento Sustentável não é possível sem equidade. A igualdade de gênero é fundamental em qualquer ação dirigida a melhor qualidade de vida das pessoas. Garcìa, 2006."

"O desejo ambiental é interno. Não se promove gestão ambiental se internamente não queremos, não assumimos a consciência do respeito ao que vai além de mim, ou de onde vim, se não desejo. Possa ser que nasça com o homem e mulher a consciência ambiental. Ou mesmo que possa ser desenvolvida na "psique" de alguma forma, pelas experiências vividas, e atreladando-se ao postulado unívoco do "eu". A relação social e ambiental torna-se extensão do atributo "psique" - ou se não ainda tido na psicologia clássica - se estende na tentativa de compreender a auto-destruição e o desafeto (mascarado) entre o masculino com o feminino - isto fazendo complementar ao final da postagem anterior onde questionamos "o poder da destruição ambiental é fálico?". Possa ser, o caráter da destruição intensa de biodiversidade e destruição da Amazônia ocorre, por um homem introduzido neste novo habitat, desconhecido para ele, atributos de um suicídio coletivo - 'sui generis' em si. Representativo de que ele (o homem) não conheci a si. Mas referenciado na obviedade da pouca experiência vivida para si, para o seu "eu", de sua (do homem)  temeridade com sua própria projeção na extensão que vem da mulher, como progenitora, como natureza, como personificação do poder da criação, afinal a mulher 'é quem pare (de parir)' - situações ainda pouco exploradas ou não resolvidas pelo próprio homem na sua "psique" - no campo da consciência translúcida. Ou seja, o homem, que se coloca na atualidade, distante da realidade ambiental, ainda não conhece o seu objeto de desejo histórico - a mulher como sua amada e nesta extensão a natureza como alma feminina, criadora, sustentadora da vida, da biodiversidade. Nisto, ela, a mulher, se recria, primeiro num plano extensivo da masculidade, assumindo a culpa auto-destrutiva conjunta e de alguma forma na sua inserção de busca pela independência, absorver características do modelo masculino de existir. Mas, depois, descobrindo-se com o mesmo direito de pensar e agir - que é este momento da existência, ela busca se recriar, existir por ela mesma, num primeiro momento ainda maternal, em seguida se decepcionando com esse homem de caráter destrutivo e depois ela, provavelmente, vá se reconciliar com a natureza. "Não se presume a interrupção da destruição ambiental sem o desejo interno das sociedades". Então, os paradigmas de existir são modelados para os menos pensantes, que preferem compar a idéia de um modelo de pensar vindo do marketing do capital e das relações de consumo. Sem ter a consciência ambiental, como derivada da natureza - mãe da vida, construída pelos pais, conjuntamente, no processo de crescimento e de formação da personalidade e pela cultura de entorno, o novo indivíduo se dicotomiza das relações naturais. Personificando um elucubrado no inconsciente coletivo que é apenas o sintoma de uma síncope inicial, da devastação culturalmente postergada como desejo de estender a masculinidade, mas em retração pela feminilidade que se projeta como auto-defesa de vida internalizada na consciência-inconsciente histórica. Logo, se suplementa a questão da idéia de lugar e poder, masculinas em si, e transferidas à mulher pelo homem, como necessidade de viver as novas experiências adiadas de alguma forma pelos antepassados, elementos vitais na explicação da antítese ambiental. Assim é mais fácil, ainda, o homem explorar ou retirar da natureza mais do que seria seguro para a sua própria seguridade, em lugares distintos dos seu habitat fixo - mas não pode mais assumir essa culpa sozinho, ele precisa da mulher como justificativa de seu comportamento auto-destrutivo. Os fixos e fluxos de existir se alternam na ilegalidade do risco e do perigo, como elementos de poder, que sucistam o novo homem ao confronto de que a natureza como sua casa, dando-lhe acomodação no carinho materno, uterino da natureza como mulher, mas ainda não lhe dá a consciência plena, como tam bém nós não a temos no ato da nascimento - um processo que age como uma anestesia que vai dando consciência aos poucos a esse homem e a essa nova mulher - não se nasce quando se é expelido do útero, vamos acordando aos poucos, o processo evolutivo e de formação inicial da consciência ocorre não apenas na fase embrionária, mas até anos depois, muitos anos. E de outro lado, a consciência ambiental pela antítese do poder da cultura, especialmente a cultura de massa (as histórias em quadrinhos, a publicidade e as revistas de celebridades), se faz maior que a relação de subsistência - e, nesses séculos, ainda estamos anestesiados como mecanismos de  respotas à consciência coletiva. O homem como estado existencial não nasce na sua criação mas tempos depois, possivelmente ainda anestesiado pela dor do nascimento - e intra-uterina também, o choque do conforto interno com um mundo dinâmico - frio, claro demais, com cheiros oscilantes e ruídos intensos. Esse primeiro contexto, ainda em esboço, leva ao complexo refluxo de relações entre o masculino e feminino, tidos na questão ambiental, como não explicados pela insistên cia exaustiva da devastação, mesmo nas situações atuais, de trajetória ao colapso. A mulher então, carrega em si, com o poder da gestação humana, a submissão descontínua: quer dar ao homem uma consciência mais ambiental, gerando novos filhos, que se encadeiam nos conflitos de gerações e numa cultura instituída pouco ambiental. Ela, segue, nos 'amamentando' com seus recursos naturais, mas também sinalizando que não quer  mais essa masculinidade auto-destrutiva, já que cria a vida - desvendando-se afinal, numa mulher ambiental que deverá alimentar o Desenvolvimento Sustentável, diante da incapacidade do destruidor de não ter se regenerado e ainda querer influenciá-la. O homem resiste à submissão, então.  Mas este é um processo sensível, truncado de elementos acumulados e estagnados na resistência ainda atual de nos harmonizarmos com outras formas de vida. Esse poder coletivo de evolução é lento e, submetido ao poder do homem culpado, que reforça seu poder de não sentir culpa sobre gerações desinteressadas dessa discussão, pois precisam do instante, sabedores internos de que o futuro é incerto. O poder presume a auto-destruição como marcador da territorialidade, também, herdada no inconsciente coletivo - animal e a sensação de estar mais sozinho torna a virtualidade uma realidade - nos sintomas da tecnologia como terceiro elemento entre o feminino e masculino, disputantes do retorno em sistemas de inteligência para controle das questões emergenciais na natureza. Nisto, pois, penso nasce a Psicologia Ambiental. À  complexidade do simples que é se bastar em felicidade por poder olhar para o outro e poder ter sentimentos. Sendo este outro o seu espaço ao redor, o seu meio ambiente, o seu habitat, as outras formas de vida. Sugerindo o cuidado com a nossa própria extensão biológica e, em parte, mais resistente que nós mesmos!"

"O contexto sinaliza para a  violência? Ou a violência é a resposta sintomática de um processo de degradação inenetente ao saber humano genético? Não será que as gerações vendo a destruição contínua do meio ambiente, se aculturem dessa forma de existir? Onde mesmo estão as sinapses ambientais - de geração ou de desuso?" - uma grande lacuna para a Psicologia.

Nascem as sinapses ambientais..... ou questioná-las "geograficamente", foi o propósito dessa matéria (em duas partes).
Relacionando a dimensão da cultura e da política como elementos de fundo à Psicologia.
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Uma sugestão de projeto ambiental 'psicológico': abraçar uma árvore ou estar perto de um animal sem destrui-lo, estabelecer comunicação com outra forma de vida que não a humana. Adotar uma espécie em seu apartamento, cozinhar pra você mesmo (a), lavar sua roupa, ir trabalhar de bicicleta (tente!) ou fazer um desenho ambiental e colar na parede do quarto; Com essa então! Beijar e ter uma noite feliz.

Termindando nestas duas postagens o tema Psicologia Ambiental (pretenso a um terceito momento), passamos a cuidar da próxima matéria: Consumo Sustentável. E estamos tentando entrevistas.

O abraço das águas!
Até mais, Projetos Ambientais.

Referências Bibliográficas e Mídia

- Tv Cultura
- Tv Senado, Câmara
- Odum - Ecologia.
- Henrique Leff - Epistemologia ambiental.
- Leituras diversas da área de psicologia e palpite de amigos:
- Carl Jung
- Donald Winnicott
- Melanie Klein

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